"Milhões esperam o fim do mundo nesta sexta
(...) São Paulo – Milhões de pessoas do mundo todo alimentam a ansiedade e a incerteza sobre se o mundo realmente vai acabar nesta sexta-feira, dia 21 de dezembro. Alguns dizem não ter medo, enquanto outros se preparam para catástrofes."
Fonte: info.abril.com.br
O mundo precisa mesmo ser "resetado". E não é para dar razão, pelo menos uma vez, ao profeta Nostradamus nessa área. É por uma questão de bom senso, numa tentativa de ajeitar o que anda errado e está sem aparente perspectiva de conserto. Mas o mundo do qual falo são as pessoas. Perdemos o respeito pelo outro, pela nossa casa, por nós mesmos. De fato, abusamos da liberdade proporcionada pelo livre arbítrio. A intolerância, em sua acepção mais ampla, é alimentada e cresce com saúde. Será ela a origem da nossa destruição.
Esqueçam as erupções vulcânicas cinematográficas, as bolas de fogo vindas do céu, as ondas gigantes que engolem cidades inteiras e os terremotos que sugam da terra tudo o que foi construído por civilizações ao longo da história humana. O fim começou faz tempo; nós é que não atentamos para o fato. As guerras por motivos religiosos já mataram muitas pessoas; a briga pela posse do Petróleo e, mais adiante, da água potável vai gerar novos embates entre nações; em tempos de sangue fervente, as reservas de bombas atômicas poderão ser usadas; a nossa sede de consumo vai destruir (sem volta) as condições naturais à vida. As relações interpessoais estão tão tensas que, aqui mesmo no Brasil, uma campanha do governo na tevê pede para o cidadão contar até dez para não matar uma pessoa. Vejam aonde estamos indo!
O ansiado "fim do mundo" é a prova de que os terráqueos já desistimos de nós mesmos há séculos. Agora, eu pergunto: precisa ser profeta para enxergar claramente isso? De tão aguardado, já já vira um evento e entra para o nosso calendário turístico, com periodicidade e pompa na escolha dos países/cidades-sede. O que pode haver amanhã, sexta-feira 21, é apenas um ensaio de como serão as transmissões ao vivo.
Clébio Melo